Livro: O Pomas das Almas Perdidas
Autora: Nadifa Mohamed
O livro é ambientado em Hargeisa na Somália, país de origem da escritora.
Três mulheres de diferentes gerações são introduzidas na narrativa, logo de início.
Deqo menina de nove anos se preparar para apresentação de dança no aniversário da revolução, ganharia sapatos em troca da performance.
Kawsar é uma viúva que se compadece de Deqo que erra a coreografia e interfere quando a pequena Deqo é agredida.
Segue-se um tumulto que culmina com a prisão de Kawsar, quando somos apresentados ã terceira personagem feminina - uma soldada que acredita na revelou"cão que acabou por implantar no país um governo militar. A história das três personagens se entrelaça e o livro mostra os horrores que mulheres passam nestes momentos em que a exceção se instala. A menina Deqo consegue fugir, a viúva é presa pela soldado Filsan.
Depois de agressões várias a viúva consegue retornar para o bangalô onde mora.
Filsan a soldado acaba percebendo seu equívoco, e a revolução nos é mostrada com a crueza e crueldade a que toda população é submetida no sangrento conflito armado.
Livro denso que rendeu a Nadifa Mohamed a indicação como uma das melhores escritoras britânicas no de 2013 pela revista Granta.
A descrição das cenas da guerra civil e a riqueza com que detalhes psicológicos das personalidades de cada uma das três mulheres- Deqo, Kawsar e Filsan - seja realçado fazem desta leitura algo inesquecível.
domingo, 29 de maio de 2016
sábado, 30 de abril de 2016
Desafio Skoob - Livro do mês - Auschwitz
Irmãs em Auschwitz- Rena Korreich Nelissen e Heather Dune Macadam
Já de início gostei da proposta do livro sobre a história contada por uma das sobreviventes do primeiro trem só de mulheres judias que chegou a Auschwitz vindo da Eslováquia. A sobrevivente Rena decidiu contar os pequenos atos de humanidade de judeus, gentios, alemães e poloneses que não estão gravados em registros históricos, mas que nos permitem termos fé na humanidade ante pequenos atos de compaixão de alguns daqueles que estiveram na cena de fatos históricos tão horripilantes.
O trem chega a Auschwitz onde o grupo permanece por um tempo, mas outro campo as espera, Birkenau ou Auschwitz II, onde as condições das prisioneiras piora ainda mais com as mortes mais frequentes o inverno e então começam as mortes nas câmaras de gás. Anteriormente escutavam tiros nas execuções.
O mínimo de humanidade é que permitiu a sobrevivência de alguns. Os papéis que comprovam os crimes contra a humanidade foram incinerados, assim, os relatos de quem sobreviveu à tragédia estão aí para que não esqueçamos a que ponto o Estado pode chegar com o beneplácito ou a simples indiferença do que ocorre a nossa volta.
A narrativa flui fácil e nos carrega até o final da história das duas irmãs que acabam se apoiando e se encontrando no campo de concentração. Gostei da suavidade e delicadeza com que os assuntos foram abordados e a imagem que fica é a de que o amor e não o ódio deve prevalecer.
Assinar:
Postagens (Atom)